22/04/2007

Tentativa de resposta

O primeiro Pentecostes, 2, 1-13, vem do céu um som como uma forte rajada de vento que enche toda a casa onde se encontram os discípulos, é a descida do Espírito Santo em forma de fogo que se divide, poisando sobre cada um deles, e começam a falar em outras línguas, conforme o Espírito lhes inspira e os que ali acorreram, estrangeiros de outras línguas, o povo, ouviam os Apóstolos a pregar e entendiam o que eles diziam nas suas próprias línguas.
Sem dúvida uma descida do Espírito de forma grandiosa, teatral, fascinante.
Em 10, 44-48: não há o vento forte e o fogo que se divide sobre as pessoas presentes, enquanto Pedro ainda está falando eles ficam cheios do Espírito Santo e começam a falar línguas e a glorificar a Deus. Aqui essas línguas não são compreendidas, mas é o dom da glossolalia, necessitando de um dom de interpretação.
Sem dúvida também um facto extraordinário, mas menos imponente. Não deixa de ser, porém, uma segunda Pentecostes. Pedro reconhece a grandiosidade do acontecimento e “ordenou que fossem baptizados em nome de Jesus Cristo”.
São dois factos em que o Espírito é dado de forma extraordinária, ou seja, não acontece sempre. Receber o Espírito Santo pelo baptismo é a forma, digamos, “normal”, mais simples, silenciosa onde o Espírito começa a sua inabitação na alma do crente, é a forma que de agora em diante o Espírito vai descer sobre a comunidade, por isso Pedro insiste em reafirmar o baptismo pela água em nome de Jesus.
Mas o Espírito Santo, afinal, dá-se livremente, como quer. Ou vem enquanto alguém prega, ou com o baptismo pela água, ou pela imposição das mãos.

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