13/04/2007

Discípulos, Doze (Onze) e Apóstolos: proximidade e distância

Para melhor respondermos às questões anteriormente levantadas, pareceu-nos conveniente enquadrá-las no seio da problemática do discipulado - apostolado, como forma de ilustrar o quanto a discreta relevância (ou melhor, a relevância na discrição) radica no ser discípulo (e, sobretudo, no ser apóstolo).
Com efeito, o protagonismo apóstolico, mesmo quando desassombrado no testemunho em ambiente de perseguição, porque provindo desse momento inaugural de todo o protagonismo (o da nomeação - ou, diríamos, da (pro)vocação), suspira pelo instante do eclipse (ou do abraço) onde Outro toma a palavra por entre as palavras dos outros...

Assim dispostos, os textos do Evangelho de Lucas e dos Actos surpreendem-nos quanto ao uso dos termos discípulo(s) e apóstolo(s), decrescendo o primeiro, ao passo que o segundo conhece um considerável relevo.
Tendo como pano de fundo a questão da relação entre João e os demais discípulos e apóstolos, começaremos por esboçar uma aproximação quanto ao sentido dos termos discípulo, doze (onze) e apóstolo, de acordo com as seguintes interrogações: 1. terão o mesmo sentido no evangelho lucano como nos Actos?; 2. a que se deve a desproporção quanto ao uso num e noutro livros?; 3. (finalmente) como se enquadra João no seio desse(s) grupo(s)? e em que medida os representa (a representar!) paradigmaticamente?

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