13/04/2007

Sobre os Doze

1. Evangelho de Lucas: escolhidos do grupo alargado dos discípulos (cf. Lc 6,13), acompanham Jesus de perto no seu anúncio do Reino (cf. Lc 8,1), recebendo d’Ele poder e autoridade para gestos portentosos (cf. Lc 9,1). Contudo, embora gozando duma proximidade tal que lhes permite discutir estratégias, não estão livres da mesma incompreensão que afecta os demais discípulos (cf. Lc 9,12; 18,31), ao ponto de, discordes (de cegos), se Lhe oporem (cf. Lc 22,3.47). Finalmente, são eles que sentem o coração arder à vista do ressuscitado (cf. Lc 24, 9.33).

2. Actos dos Apóstolos: o grupo decide retomar o número inicial (porventura por intuir um sentido escatológico nessa constituição dodecaédrica; convém, no entanto, confrontar Act 1,26 e 2,14 quanto ao lapso de tempo entre a eleição e a actualização do nome). Enquanto em Jerusalém, parece ter uma função de arbitragem, radicada na Palavra, no seio da comunidade que reclama pela máxima disponibilidade (cf. Act 6,2).

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