22/05/2007

Barjesus em contraposição ao procônsul Sérgio Paulo

Antes da chegada dos missionários a Chipre, convivia na cidade de Pafos “um certo homem, mago de profissão, falso profeta judeu”, chamado Barjesus, com um pagão, o procônsul Sérgio Paulo, homem inteligente” (Act 13,6-7a). Barjesus, introduzido com a típica formula lucana reservado a personagens simbólicas ou representativas (cf. em grego: Lc 2,25; Act 13,6), é apresentado como “filho/discipulo de Jesus”.
Estes dois personagens representam duas posições contrapostas. O primeiro, Barjesus, encarna o falso messianismo do judaísmo crente em Jesus como podemos observar nos nomes atribuídos à personagem: a) “magos”- mago, qualifica negativamente o personagem de sedutor que fascinava pelas suas artes de magia, fazendo assim prodígios que atraíam toda a gente, como Simão Mago em Act 8,9.11; b) “pseudoprofetes”- Falso profeta, significa que pregava um falso messianismo que alienava as pessoas, apresentando Jesus como um Messias vitorioso, sumptuoso; c) “Bariesous”- Barjesus, é apresentado como “filho/seguidor de Jesus”, mas apenas de nome porque na realidade não o é, pois é mago e falso profeta. A razão deste nome é que naquela época o nome de Jesus seria um nome comum entre os judeus.
O segundo, em contraposição ao primeiro, encarna o paganismo atento a escutar a “mensagem de Deus” (13,7b) como podemos verificar pelos os nomes e características: a) Sergius Paulus, são dois nomes latinos. O primeiro gentílico e o segundo patronímico; b) “ o procônsul”, mencionado três vezes de forma determinada (13,7.8.12), é uma personagem que representa, como indica o seu nome, o paganismo romano que nada tem haver com o judaísmo; c) “inteligente” qualifica positivamente o procônsul como um homem determinado ao contrário do mago alienado por práticas religiosas judias.

Um comentário:

mauro disse...

Serjio Paulo era um proconsul apalavra proconsul;gorvernador de provincia nomeado pelo senado romono,geralmente por um ano{At 13.7; 18.12}