13/03/2007

O LIVRO DOS ACTOS DOS APÓSTOLOS

Nos primeiros versículos do livro é-nos dado pela boca de Jesus Ressuscitado como que um programa narrativo para a obra: «ides receber uma força, a do Espírito Santo, que descerá sobre vós, e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, por toda a Judeia e Samaria e até aos confins do mundo» (1, 8).
Na verdade, toda o enredo é construído neste movimento de expansaõ quase que incontrolável e que faz a Igreja crescer pela força do Espirito Santo. É expressão disso: o deslocamento geográfico da acção – de uma “terra santa” para a “pagã” até abarcar todo o mundo; a sucessão de eventos que geram tensão ou paz; e a diversidade de personagens, judeus e pagãos, de primeiro e segundo plano, que se sentem interpeladas ou injuriadas pela palavra que foi pregada e que escutaram – elenco praticamente em mutação constante.
Os Apóstolos são as primeiras testemunhas de Cristo e são eles que, cheios do Espírito Santo, tornam a palavra de Cristo presente por onde quer que passam. Pedro destaca-se pelos seus discursos, curas, controvérsias provocadas e pela visão em Jope que “abrirá” definitivamente a Igreja a todos os não Judeus. Paulo, judeu convertido e Apóstolo do Ressuscitado, efectua três viagens de evangelização e uma viagem final como prisioneiro que o leva até Roma; aqui permanece dois anos «anunciando o Reino de Deus e ensinando o que diz respeito ao Senhor Jesus Cristo, com o maior desassombro e sem impedimento» (28, 31).

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