13/03/2007

Uma grande epopeia

Os Actos dos Apóstolos contam a vida da Igreja nascente de Cristo, a partir da sua Ressurreição. Toda esta história é marcada pela força e pelo poder deste Cristo, que aparece vivo aos doze, com muitas provas incontestáveis, falando-lhes do que é o Reino de Deus. Depois da sua Ascensão e do Pentecostes vemos o Seu Espírito a conduzir a Igreja, com toda a sua audácia, no anúncio do Evangelho. E é em volta deste anúncio que assistimos ao seu desenvolvimento.
Aqui encontramos uma forte actividade missionária, acompanhada de discursos, prodígios e curas operadas pelos Apóstolos, sinal do Reino de Deus entre os homens. Encontramos uma Igreja cristã, com uma só alma, a estruturar-se aos poucos em pequenas comunidades, onde oram em comum, onde partilham tudo, onde procuram o ensinamento dos Apóstolos, onde vivem a Boa Nova. Mas também sofrem perseguições, martírios, prisões e emigrações. Mas estes aconteciemntos foram providenciais, porque estenderam o anuncio da Boa Nova aos gentios. Daqui vemos nascer uma comunidade em Antioquia, onde pela primeira vez os discípulos de Cristo são chamados de cristãos.
Esta evangelização que fora em primeiro lugar levada aos judeus, em continuidade com a concretização das promessas feitas a nossos pais, agora é levada aos gentios. Este anuncio traz consigo uma descontinuidade e uma ruptura com as tradições judaicas, que não se coadunam com o Evangelho.
Digamos que os Actos são uma magnífica epopeia do nascimento da Igreja e da sua missionação em favor da evangelização de todos os povos. Ao longo desta epopeia vemos duas grandes figuras, a de Pedro, circunscrito mais à região da Judeia e a de Saulo, conhecido por Paulo estendido às grandes viagens missionárias que faz desde Antioquia a Roma. Onde vai fundando várias igrejas, entre elas a de Corinto e a de Éfeso. Os Actos terminam a contar Paulo em Roma «a proclamar o Reino de Deus e ensinado o que se refere ao Senhor Jesus Cristo com toda a intrepidez e sem impedimento».

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