18/03/2007

Actos dos Apóstolos

O final do Evangelho e o início dos Actos dos Apóstolos manifestam bem o respeito que Lucas tem pela regra de colocar o material histórico segundo uma ordem que distingue acontecimentos, garantindo, assim, a sua continuidade. Deste modo, a introdução ao livro dos Actos retoma o final do Evangelho que orientam a atenção para a missão cristã.
Os cinco primeiros capítulos descrevem a vida do grupo. Os discípulos escolhem Matias para reconstituir o colégio dos doze, e é cumprida a promessa de Jesus que enviaria o Espírito Santo, marcando assim o início da actividade apostólica, o anúncio do Evangelho.
Este anúncio, contudo, casou descontentamento diante dos judeus. Este facto está bem comprovado no martírio de Estêvão. Com medo das autoridades judaicas, os primeiros cristãos dispersaram-se e começaram a anunciar a Boa Nova noutras terras. É neste contexto que surge a conversão de Saulo, perseguidor da Igreja. A caminho de Damasco, este é surpreendido por uma luz e voz de Cristo e, a partir dessa experiência, Saulo torna-se testemunho de Jesus ressuscitado. Daí, começam as suas viagens missionárias, juntamente com Barnabé, a Chipre, Ásia Menor, Antioquia da Pisídia, Icónio e Listra.
Esta viagem termina com a controvérsia em torno da Lei de Moisés, no que diz respeito à circuncisão dos pagãos que se convertiam ao cristianismo. Por este motivo, reúnem-se os Apóstolos e os Anciãos de Jerusalém. Como resultado dessa reunião, os pagãos que abraçaram a fé não se viram obrigados a outras normas além da abstinência de carnes imoladas aos ídolos e imoralidade.
A outra viagem iniciou-se com o conflito entre Paulo e Barnabé. Por isso, nesta viagem a Macedónia, Filipos, Tessalónica, Bereia, Atenas e Corinto, Paulo contará com a companhia de Silas. Posteriormente, na terceira viagem missionária, a Éfeso, atravessando a Macedónia e a Grécia, continuando a Mileto, Tiro e Cesareia, antes de chegarem a Jerusalém. Por causa das inúmeras conversões, inicia-se a perseguição a Paulo. Seus ensinamentos são acusados de serem contra a Lei de Moisés e profanadores do templo. Como resultado destas acusações Paulo sofrerá o martírio, não sem antes ter chegado a Roma onde anunciou aos habitantes desta cidade o Evangelho de Jesus.

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