19/03/2007

Actos dos Apóstolos

Após um breve prólogo, o livro abre com a Ascensão de Jesus, a seguir à qual se inicia um bloco em que se apresenta a Igreja de Jerusalém. Assim, narra-se a eleição de Matias como substituto de Judas Iscariotes e o Pentecostes, com as consequências que dele advêm, isto é, os discursos de Pedro ao povo, as primeiras conversões, os milagres operados, mas também as tribulações sofridas pelos Apóstolos. São importantes as referências à comunidade cristã, em que se salienta a sua unidade e espírito de partilha, embora o episódio de Ananias e Safira mostre que nem tudo era perfeito.
Com a instituição dos Sete, assistimos à expansão da Igreja para fora de Jerusalém. Aqui, somos confrontados com a figura de Estêvão. A referência ao seu martírio acena já a uma figura muito importante no contexto geral da obra, embora ainda de modo muito velado: Saulo. Lucas conta ainda a missão de Filipe e a acção de Pedro e João na Samaria.
Em Act 9, temos a conversão de Saulo a caminho de Damasco, embora a figura central nesta secção seja ainda Pedro, quer pelos seus milagres, quer pelo seu papel precursor no episódio de Cornélio e baptismo dos primeiros pagãos, apesar da celeuma que este facto criou entre os circuncisos. A morte de Tiago e a prisão de Pedro encerram este conjunto, possibilitando que, a partir de Act 13, sejamos confrontados com a missão de Paulo e Barnabé na Ásia. O "concílio de Jerusalém" antecipa o grande bloco das viagens missionárias de Paulo que se torna a figura principal da obra.
Os últimos capítulos narram-nos a prisão de Paulo e as peripécias que a envolveram até à sua chegada a Roma.

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