30/05/2007

αγαπαω - amar

O verbo αγαπαω - amar refere-se quase exclusivamente ao amor de pessoas.
Ao lado do uso do amor aos próximos, fala-se do amor mútuo (cf. 1e2Jo, cartas de Paulo) e fala-se de amor aos irmãos (1Jo); também do amor aos “inimigos”
Fala-se de amor dos maridos a suas esposas (Ef.).
Em Mc12,30.33 e par. (e também especialmente em Paulo, em Tg e 1Jo) Deus é o objecto de acção de amar (do amor); em São João assim como em Ef.6,4; 1Pe1,8; 1Jo5,1, o principal objecto deste acção de amar é Jesus.

Com a excepção de Mc10,21 e de Lc7,5, o verbo agapao e o seu substantivo correspondente (Mt24,12; Lc11,42) aparece nos Sinópticos unicamente usado por Jesus.
O mandamento aos inimigos tem uma categoria especial assim como o duplo mandamento do amor a Deus e ao próximo.
Em Q a exigência “amai os vossos inimigos” (Lc6,27.35 par. Mt5,44) apareciam já em referencia a que os discípulos tinham que romper e ir mais além da reciprocidade do amor Lc6,32 / Mt5,46, em conexão com a referência de que, é só desta maneira que se pode ser filho de Deus. O amor aos inimigos significa a rejeição do ódio que abrigavam os zelotos, e a superação do amor dirigido unicamente aos próximos (Cf. Mt5,43).

São Tg1,12 põe em relevo que é bem-aventurado o homem que suporta a provação; porque, depois de aprovado, receberá a coroa da vida, que o Senhor prometeu aos que o amam. A mesma expressão τοις αγαπωσιν αυτον encontra-se em 2,5 associada com a promessa de “herdeiro do reino”, portanto quem ama é filho do reino de Deus. Em 1Pe1,22 exige-se “amor fraterno sincero” «…de coração amai-vos ardentemente uns aos outros,» (cf. 1Pe1,22 Também 1Pe2,17; 4,8). O amor é portanto o mandamento principal nesta comunidade dos forasteiros, fazendo deles os herdeiros do reino de Deus.

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