29/05/2007

A Alegria nas Provações

«Tende por motivo de grande alegria o serdes submetidos a múltiplas provações.» (Tg 1,2) Uma expressão análoga encontra em Pedro 1, 6: «Nisto deveis alegra-vos, ainda que agora … sejais contristados por diversas provações». Tanto em Tiago como em Pedro o sofrimento é motivo de alegria e serve para provar a firmeza da fé (cf. Rm 5,3ss.).
«Feliz o homem que resiste à tentação, porque, depois de ter sido provado, receberá a coroa da vida que o Senhor prometeu aos que o amam.» (Tg 1,12) Estas palavras remetem para as Bem-Aventuranças de Jesus e a promessa do Reino aos que sofrem e aos perseguidos (Mt 5,4.10-12; Lc 6,22s). Tiago acrescenta as Bem – Aventuranças e promete a coroa a quem superar o sofrimento e qualquer outro tipo de tentação.
«Pelo contrário, alegrai-vos, pois assim como participais dos padecimentos de Cristo, assim também rejubilareis de alegria na altura da revelação da sua glória.» (1 Ped. 4,13) Por sua vez, Pedro justifica que sofrer significa que desde logo o cristão participa também da e na paixão de Cristo e, em ultima analise, é uma alegria. Certamente o sofrimento do cristão não é uma questão privada do carácter de tentação.
Na 1ª carta de Pedro, a associação de juízo e tentação encontra-se já noutras passagens do N.T. Aqui Jesus anuncia que nos últimos tempos «surgirão falsos messias e falsos profetas que farão sinais e prodígios para enganar, se possível, até os eleitos» (Mc 13, 22). Mas o Senhor «sabe livrar da provação quem é piedoso e reservar os maus para o castigo do dia do juízo» (2 Ped 2,9), «porque, depois de ter sido provado, o homem que resiste à tentação, receberá a coroa da vida que o Senhor prometeu aos que o amam.» (Tg 1,12).

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