28/05/2007

Ser Santos para Construir a CASA de DEUS.



Estamos perante um comovente convite à santidade de vida. O cristão deve agir de acordo com a sua condição de filho de Deus. Toda esta parenética (oratória) está marcada por imperativos: de ânimo preparado para servir... vivendo com sobriedade, ponde a vossa esperança na dádiva que vos vai ser concedida (1,13)... não vos conformeis... sede santos (v.14-15). Santo, na Bíblia, é o que vive separado (qadosh), o que é diferente. O cristão está chamado a ser diferente dos pagãos, isto é, o tempo da vossa ignorância (v.14). Para convencer os ouvintes, Pedro recorre às Escrituras (que eles devem conhecer). Comportai-vos com temor durante o tempo da peregrinação (v.17). Argumento: Sabei que fostes resgatados pelo sangue precioso de Cristo, mais que prata e ouro. Jesus ressuscitado é fundamento da esperança cristã (v.19-21).
Mas a santidade cristã manifesta-se sobretudo na caridade (v.22-25). Continuam, por isso, a imposição, próprios da parenese: Amai-vos intensamente uns aos outros do fundo do coração. O motivo de tal amor não está num simples convívio caritativo, mas na semente incorruptível da Palavra de Deus… que permanece para sempre (v.23.25). É a Palavra que produz a caridade. Em oposição com a força da Palavra eterna, esta vida de peregrinação é comparada com a erva que seca e que, em muitas passagens bíblicas, significa a fragilidade da vida humana (ver Is 40,6-7; Sl 1). É, pois, a Palavra que fará participar na eternidade de Deus, a Palavra que vos foi anunciada (v.25).

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