03/06/2007

Agindo «como livres e não tendo como pretexto da maldade a liberdade, mas como servos de Deus» (1 Pe 2,16)

A pertinência do tema da liberdade resulta evidente quando à vista da questão radical do como ser cristão (com a qual se depara toda a experiência cristã autêntica), agudizada naquele contexto não apenas de começo (com tudo o que isso tem de arriscado, porque inexplorado) mas ainda de estranheza (social, política e – naturalmente – religiosa), num período em que a diferença específica ia emergindo (mesmo que à custa de atritos). A descoberta da identidade nova que o cristianismo aportava exprimia-se na condição de humanidade livre. Mas, mais do que isso, a construção dessa identidade palpita dessa mesma liberdade cristiforme, de tal modo que ser cristão e ser livre dizem, fundamentalmente, essa mesma condição dinâmica que o seguimento [obediencial] de Cristo [o Servo liberal] promove.

Faremos a análise do tema liberdade em três tempos: a) elucidação do termo no contexto próximo; b) breve esboço do seu campo semântico no contexto remoto (i. é, no conjunto da carta); c) finalmente, em jeito conclusivo, apresentaremos uma leitura da carta à luz do mesmo tema.

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