04/06/2007

Paulo em Atenas (Actos dos apóstolos 17, 16-34)

A passagem por Atenas não é marcada por milagre algum. O famoso discurso oferece ao leitor uma formulação do Evangelho destinada a um auditório pagão. Este exemplo do sermão é admiravelmente conduzido pelo passeio de Paulo pelas ruas de Atenas. O próprio discurso é apoiado num esquema de pregação judaica e depois cristã em intenção dos pagãos: convida os ouvintes a se desviarem dos ídolos e a se voltarem para o Deus vivo. Lucas insufla vida a este esquema muito reduzido ao apresentar Deus numa linguagem que pode ser lida na perspectiva bíblica como numa óptica filosófica.

Lucas espera do leitor uma interpretação que seja uma adesão, isto é, que ponha em contacto com o Deus vivo e incite à conversão. Para orientar para este fim, enxerta neste discurso uma discreta menção ao Filho de Deus. A habitual cisão dos espíritos não tarda. Somente Dionísio, o Areopagita, Damaris e alguns outros aderem à fé.

Um comentário:

Anônimo disse...

Gostaria apenas de acrescentar que o apóstolo Paulo, foi comissionado pelo próprio Deus à pregar em Atenas.
Não é só um evento isolado da história de um discipulo de Cristo, mas a maior de todas as experiências, pois Damaris era uma deusa da mitologia grega e que influênciava a massa com discursos vazios e tendenciosos.
Quanto a milagres, evidentemente que entendi o seu ponto de vista, esta certo, mas o maior milagre na vida de algúem seja quem for, é a conversão ao evengelho. O Senhor Jesus mesmo disse: "vinde a mim todos os que estais cansados e oprimidos e eu os aliviarei...".
Estou convicto da necessidade de: curas, libertação, bens materiais mais o mais importante é a vida eterna com Deus. Concorda? Um grande abraço e obrigado pela oportunidade de opinar a respeito.

Genivaldo Pereira dos Santos
São Paulo.