03/06/2007

OBRAS…. e FÉ

O argumento da "justificação pelas obras", desenvolvido por Tiago no capítulo 2 (vv. 14-26), pode ser contrastado com a doutrina da "justificação pela fé", arguida por Paulo em suas epístolas no Novo Testamento. Uma maneira pela qual os cristãos conciliam estes dois pontos de vista é ao entender que Tiago prega a justificação perante os outros, perante o próximo ( a justificação da profissão de fé de um cristão através de uma vida coerente), enquanto que Paulo dá ênfase à justificação diante de Deus ( o homem aceito por Deus como justo devido à rectidão de Cristo, que é recebida pela fé). Outro modo é a referência dos padres da igreja, onde justificam a fé salvadora e verdadeira que é enraizada pelo amor, e o amor é pois acompanhado de boas obras, por oposição à fé que é apenas uma anuência intelectual a um conjunto de crenças. Uma referência cruzada pertinente é Actos 26,20, na qual Paulo diz que ele tem pregado "que se arrependessem e se convertessem a Deus, praticando Obras dignas de arrependimento". Alguns estudiosos apontam esta passagem como indício de que Paulo concordava com Tiago em que a fé verdadeira (ou "viva") é acompanhada de Obras.

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